Utilizamos cookies para melhorar sua experiência em nosso site. Alguns são necessários para o funcionamento do site, enquanto outros nos ajudam a entender como você o utiliza e a personalizar anúncios.
O NordesteLab, considerado o maior evento do mercado audiovisual brasileiro fora do eixo Rio-São Paulo, divulgou nesta semana sua lista de selecionados para as ações de 2025, e tem potiguares entre os agraciados: o projeto “Segunda-feira já é ano novo”, do realizador de cinema e produtor de TV, Gabriel Soares, foi escolhido para integrar o 4º Laboratório Universitário do NordesteLab. O projeto oferece aos agraciados uma jornada de aprendizado e criação que contribui para o fomento crescente da cena cinematográfica do país.
Gabriel explica que “Segunda” surgiu como uma continuação de seu movimento enquanto produtor audiovisual que discute novas narrativas para o cinema negro, trazendo à tona a sensibilidade de dois homens negros em um momento de luto comum. “Ao explorar essa relação de afeto queremos provocar uma reflexão sobre a dificuldade em expressar seus sentimentos, desafiando a construção patriarcal que ainda limita os diálogos”, explica.
O produtor ressalta que sempre procura narrativas diferentes das que são fabuladas no cinema nacional geralmente para corpos racializados. “Neste projeto quero fazer uma quebra referente a construção masculinista acerca dos homens negros, espaço o qual fui também colocado e que hoje proponho uma desconstrução de maneira pessoal, que pode sim ser reverberada entre tantos outros por identificação”, diz.
Através da seleção do Nordeste Lab, Gabriel participará de encontros, aulas e mentorias online com profissionais experientes do mercado nacional, para então começar a consultoria individual com cada projeto, no intuito de desenvolver mais a ideia. No final, cinco dos dez selecionados terão uma viagem custeada pela produção para Salvador (BA), a fim de apresentarem seu projeto no evento presencial.
Gabriel considera a seleção muito significativa, principalmente quando olha para o cinema universitário potiguar. “O curso de audiovisual na UFRN ainda é novo e fazer parte desses novos profissionais que estão se formando é, ao mesmo tempo, uma responsabilidade e um privilégio. Queremos contribuir para a consolidação de uma identidade cinematográfica potiguar”, afirma ele, que está na área há três anos, e atua na Band RN como assistente de produção e direção. Seu primeiro curta foi “Todos os dias são quarta-feira”.
Foto: Divulgação