Felca expõe “adultização” e denuncia exploração infantil nas redes sociais
- Wender Gomes
- há 2 dias
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O influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, tornou-se um dos assuntos mais comentados da internet nas últimas 24 horas após publicar o vídeo Adultização, na quinta-feira (7), em seu canal no YouTube. O material, com 49 minutos de duração, ultrapassou 14 milhões de visualizações em menos de dois dias.

Na gravação, Felca denuncia casos de exploração e sexualização de crianças e adolescentes em redes sociais, além de criticar algoritmos que, segundo ele, favorecem a entrega desse tipo de conteúdo a pedófilos. O youtuber entrevistou uma psicóloga especialista em superexposição infantil e classificou a prática como “nefasto” e “circo macabro”.
Entre os casos citados está o do influenciador paraibano Hytalo Santos, 28, investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) desde 2024 por possível exploração de menores. Conhecido por mostrar a rotina de crianças e adolescentes em seus perfis, Hytalo já reuniu milhões de visualizações com esse formato. Uma das jovens expostas é Kamylinha Santos, hoje com 17 anos, presente nos vídeos desde os 12.
O Instagram suspendeu a conta dela, que tinha mais de 10 milhões de seguidores, horas após a publicação do vídeo de Felca. O youtuber também mencionou outros casos de repercussão, como o canal Bel Para Meninas, investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em 2020, e a influenciadora Caroliny Dreher, acusada de permitir que a mãe vendesse conteúdo íntimo para pedófilos.
A repercussão levou à remoção de diversos perfis denunciados. A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) afirmou nas redes sociais ter acionado a Polícia Federal e a Justiça. Já o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) classificou a denúncia como “mexer em um vespeiro”, conforme registrou a Jovem Pan.
Felca enfrentou críticas durante a apuração. Cerca de 200 usuários da plataforma X o acusaram de pedofilia por ter seguido e interagido com perfis de menores como parte da investigação. O influenciador anunciou que pretende processar os autores, a menos que façam um pedido público de desculpas e doem R$ 250 as instituições de proteção à infância.
A Fundação Abrinq explica que o “adultização” é a exposição precoce de crianças a comportamentos, responsabilidades e expectativas próprias da vida adulta. A Pastoral da Criança alerta que a prática pode causar danos psicológicos e sociais, afetando o desenvolvimento saudável. A orientação é que pais denunciem conteúdos suspeitos a plataformas, à SaferNet ou à Polícia Federal.
Confira o vídeo completo clicando aqui.